A seta indica o Minibarramento.
A grave estiagem deste verão, e a possibilidade real de que o Rio Gravataí volte ao nível crítico nos próximos dias, se o forte calor e a ausência de chuvas retornarem, trouxe à mesa de discussão dos governos municipais do Vale do Gravataí e do governo estadual, finalmente, a discussão sobre a execução dos 13 minibarramentos já projetados em estudo da Metroplan contra cheias e secas no Gravataí.
Desde 2018 o projeto está pronto para ter o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) executado, mas até o momento segue parado no órgão estadual. Em agosto de 2021, diante da perspectiva de mais um verão seco _ como tem se confirmado _, o presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Gravatahy, Sérgio Cardoso, propôs que minibarramentos, mesmo que provisórios, fossem custeados pela Corsan, responsável pela captação de água para o abastecimento público na região.
Durante encontro entre os prefeitos da Granpal, que reúne a prefeituras da região, no último sábado, o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, reforçou a necessidade de desengavetar o plano de minibarramentos.
"Conversei com o presidente da Granpal, o prefeito Sebastião Melo, sobre a importância de unirmos esforços para combater a crise hídrica na região e conseguimos marcar esta agenda. Há a autorização para a construção de 13 microbarragens no rio e este é um dos assuntos tratados com o governador em exercício (Gabriel Souza), já que o Rio Gravataí é de responsabilidade do Estado, por meio da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler)", afirmou Zaffalon após o encontro.
E completou:
"Corre o risco do Estado perder os recursos de projetos e da execução das microbarragens. Enquanto isto, mais de 500 mil pessoas correm o risco de ficar sem água para beber. É isto que estou cobrando do Governo do Estado".
Durante entrevista à Rádio Gaúcha na última semana, Sérgio Cardoso reforçou a importância de planejamento contínuo, como no caso das minibarragens, contra a estiagem, ao invés de discutir o tema somente quando a emergência acontece.
Desde o ano passado, a primeira das minibarragens é uma realidade em Glorinha. E já nos primeiros meses mostrou a importância como barreira para controlar a vazão da água desde as nascentes até as partes mais baixas do Rio Gravataí. Com um conjunto de minibarragens, a tendência é de que este processo aconteça ao longo de boa parte do canal do rio, em seu trecho mais alto.
Eduardo Torres jornalista / Edição Vanessa M M
Comitê Gravatahy